31/01/2022
A CNI – Confederação Nacional da Indústria lançou no último dia 21, seu relatório atualizado da “Indústria em Números”. A publicação traz indicadores conjunturais e estruturais selecionados – produção, nível de estoques, confiança do empresário, entre outros.
Na edição de janeiro, o destaque é a produção da Indústria de Transformação, que caiu em novembro pelo sexto mês consecutivo. Nesse período de seis meses, o nível de produção recuou 4%. Apesar disso, a produção acumulada em 12 meses até novembro de 2021 é 5% maior que o acumulado nos 12 meses anteriores.
Segundo o estudo, ainda, a variação mensal da produção física de móveis foi de -3,4% em novembro do ano passado. Com isso, a indústria moveleira apresentou o terceiro maior impacto negativo entre os setores produtivos avaliados pela CNI.
Apesar da queda no volume produzido pela Indústria de Transformação no penúltimo mês do ano, os indicadores de emprego, faturamento e renda na indústria avançaram em novembro, de acordo com os Indicadores Industriais, também da CNI, retomando a trajetória de crescimento.
O faturamento real da Indústria de Transformação cresceu 0,7% em novembro, na comparação com outubro. A alta reverte a sequência de três quedas consecutivas, período no qual o faturamento havia recuado 7,8%.
Mesmo movimento observado nas taxas de ocupação. Em comparação com novembro de 2020, o emprego expandiu 4,1%. Dessa forma, o indicador retorna à trajetória crescente apresentada desde o segundo semestre de 2020, que registrou desaceleração a partir de junho.
Já a Utilização da Capacidade Instalada caiu 0,1 ponto percentual em novembro em relação a outubro, para 80,5%, a quinta queda consecutiva. Apesar do resultado, a UCI está 1,1 ponto acima da média observada em novembro de 2020.
De acordo com o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, o avanço disseminado dos indicadores reflete a recuperação moderada provocada pela maior circulação de pessoas e pela confiança com o arrefecimento da crise sanitária em novembro. “Os avanços, contudo, são insuficientes para reverter a tendência de queda do faturamento e da massa salarial reais, pressionados pela inflação, em elevação em 2021”, aponta.
( * ) Com informações da CNI.