21/12/2022
Imagem: Freepik
Entidade que representa os interesses da indústria brasileira do mobiliário — formada por cerca de 18 mil empresas, que juntas geram mais de 275 mil empregos —, trabalhando na defesa e no fortalecimento do setor, da indústria e da economia nacional, a ABIMÓVEL (Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário) formalizou, por meio de ofício enviado à direção do IBÁ (Indústria Brasileira de Árvores) — responsável pela representação da cadeia produtiva de árvores plantadas —, a necessidade de estabilização dos preços de chapas e painéis de madeira no mercado interno. Possibilitando, assim, a manutenção da produção industrial, bem como da sobrevivência de empresas e postos de trabalho no País, em especial num momento tão delicado quanto o que atravessamos.
A produção de móveis no Brasil sofreu um forte impacto neste ano, primeiro com diversos entraves logísticos e de abastecimento nas mais variadas cadeias, somados às consequências da guerra entre a Rússia e a Ucrânia, além da crise econômica e política que se instalou no País. Questões que culminaram na escassez de insumos e matérias-primas, aumento do preço dos fretes internacionais e dos custos de produção na fábrica, entre tantos outros problemas.
Ainda que o setor moveleiro seja competitivo internacionalmente, alcançando bons resultados com as exportações de seus produtos, cerca de 90% da produção interna é dedicada ao mercado doméstico. Sendo, portanto, fortemente dependente do consumo local, que vem também decaindo frente às inseguranças econômicas no País, levando a um declínio de 10,9% nas vendas do setor no varejo durante o ano.
Realidade que influencia numa redução de 17,6% no volume produzido pela indústria brasileira de móveis entre janeiro e outubro de 2022 frente a igual período no ano passado, segundo estimativas divulgadas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Patamar, este, 15% inferior ao de 2019, ano pré-pandemia.
Recuo que reflete, então, no fechamento de unidades produtivas e postos de trabalho em alguns dos principais polos moveleiros do País, com impactos consideráveis na economia nacional. Situação que se intensifica com a atual política de reajustes nos preços adotada por fornecedores de matérias-primas essenciais para a fabricação de móveis, com aumentos muito acima da inflação. Especialmente quanto tratamos dos fabricantes de painéis de madeira reconstituída, principal item produtivo em nossa indústria, que embora acumule impacto inflacionário de 4,1% no ano e de 1,51% nos últimos 12 meses, também de acordo com o IBGE, anunciam atualmente reajustes na ordem de 6% a 10% de aumento, inviabilizando o acesso a tais materiais.
Anúncios estes que chegam justamente num momento de transição e incertezas na economia e política interna, além de grandes preocupações no mercado global, tornando evidente a impossibilidade do repasse de aumentos diante de tais circunstâncias.
Fatores que têm levado muitas empresas, sindicatos patronais e polos moveleiros a reportarem formalmente suas insatisfações e pedidos de ajuda à ABIMÓVEL, solicitando que a entidade interceda junto ao IBÁ (entidade que representa as referidas empresas fornecedoras), com o intuito de encontrarmos uma solução ou ao menos parâmetros regulatórios, buscando entender a necessidade e a justa composição desses aumentos. Beneficiando, assim, a todos os elos da cadeia, tão codependentes um dos outros.
Em função do exposto e tendo presente a parceria que une as duas entidades, a direção da ABIMÓVEL solicitou que os representantes do IBÁ argumentem junto a seus associados no sentido de que não repassem aumentos de preços em momento tão sensível ao País, às cadeias produtivas como um todo e, em especial, ao mercado de móveis.
MÓVEIS: O NOSSO NEGÓCIO! Este é o lema da ABIMÓVEL, que segue ativa e prospectiva pelo setor, pelas indústrias e por um Brasil melhor!
MÓVEIS: O NOSSO NEGÓCIO!
Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário – ABIMÓVEL
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