21/12/2022
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A Sondagem Industrial de novembro, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), demonstra que o índice de produção industrial ficou em 48,7 pontos em novembro, um aumento de 0,2 ponto em relação ao mês de outubro. O leve aumento no índice, contudo, foi insuficiente para alterar o quadro de queda na produção industrial, que está abaixo da linha divisória de 50 pontos desde setembro.
O emprego industrial também caiu em novembro de 2022. O índice de emprego recuou 0,6 ponto na comparação com outubro e encerrou o mês em 49 pontos, o que denota queda mais disseminada do emprego industrial. A Utilização da Capacidade Instalada (UCI) permaneceu em 71% e encontra-se abaixo do patamar praticado nos meses de novembro dos últimos dois anos.
De acordo com o gerente de análise econômica da CNI, Marcelo Azevedo, a Sondagem Industrial confirma o que se esperava para o fim de 2022, principalmente diante da política monetária mais contracionista.
“A indústria apresentou bons resultados até o meio do ano, mas os efeitos da alta dos juros foram se acumulando, se tornando bastante intensos. A atividade do setor está mais fraca em novembro e, como consequência, temos expectativas de menos contratações e menos investimentos”, explica Marcelo Azevedo.
Nesse contexto, a atividade da indústria da construção e a evolução do emprego no setor encolheram na passagem de outubro para novembro, de acordo com dados da Sondagem Indústria da Construção, também divulgada pela CNI. Azevedo ressalta, porém, que a queda no período é movimento usual no setor.
O índice de evolução do nível de atividade da indústria da construção, que gera considerável influência no setor moveleiro, ficou em 48,2 pontos em novembro de 2022, depois de cair 1,8 ponto na passagem de um mês para o outro. O índice de evolução do nível de número de empregados da construção recuou para 48,5 pontos. Com a queda de 2,1 pontos em relação a outubro, o índice está abaixo da linha divisória de 50 pontos, que separa o aumento da queda do emprego.
“O ano de 2022 foi marcado por fortes avanços do nível de atividade para a indústria da construção, tendência que foi revertida nos últimos meses. Esses recuos não representam que agora vai se iniciar uma tendência negativa. Entendemos que o setor vai continuar em um nível de atividade elevado, só não deve se acelerar como vinha ocorrendo”, explica o gerente de análise econômica da CNI.
*Com informações da CNI.