Copa das Confederações é palco de bons negócios para os móveis brasileiros

09/08/2013

 

 

Reuniões realizadas durante o torneio geraram a perspectiva de US$ 4 milhões em vendas para os próximos 12 meses

 

Em mais uma iniciativa organizada pelo Projeto Brazilian Furniture e pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), com o apoio do Sindicato das Indústrias do Mobiliário do Estado do Ceará, a Copa das Confederações da FIFA foi o pano de fundo para a promoção das exportações dos móveis fabricados no Brasil.


E o resultado não poderia ter sido mais positivo, com seis empresas tendo fechado acordos no valor de US$ 390 mil durante o evento. Outras 23 negociações iniciadas projetam um volume de vendas da ordem de US$ 4 milhões para os próximos 12 meses.


Participaram das rodadas de negócios realizadas na Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC) 16 convidados internacionais vindos do México, Chile, Peru, Panamá, Angola, Moçambique e África do Sul, para encontros comerciais com oito empresas brasileiras: Artefama, Bertolini, BRV, Camas Fênix, Carraro, Lopas, Osterno e Rudnick.


Ponto de encontro, o Hospitality Center, um espaço exclusivo colocado à disposição pela Apex-Brasil na Arena Castelão, foi especialmente decorado com mobiliário brasileiro e a programação incluiu, além das reuniões, visitas aos showrooms das companhias participantes da ação. 


Joelma Lúcia da Silva, do departamento de Exportação da Móveis Rudnick, presente no mercado desde 1938 e hoje exportando para mais de 20 países, explica que a empresa convidou alguns compradores em prospecção de negócios que conheceu em recentes feiras de móveis e também retomou contato com outros compradores que já faziam parte do seu quadro de clientes e que estavam afastados após a crise mundial.


“A iniciativa e os resultados foram fantásticos, fazendo com que a fidelização, o comprometimento e o conhecimento entre as empresas fossem ampliados”, comenta Joelma, acrescentando que a empresa já participa de outras ações similares da Apex-Brasil com a Fórmula Indy. “Sabemos que é muito alto o grau de fidelização junto ao cliente e constatamos um aumento significativo não só no posicionamento da empresa no exterior como no respeito e na confiança necessários para continuar a negociação”, pondera.

 

Alex Bertolini, gerente de exportação da Bertolini, empresa com mais de 40 anos de forte atuação tanto no mercado brasileiro como no exterior, também destaca o clima favorável à realização de negócios que dominou o Hospitality Center. “Ao final, contabilizamos o fechamento de contratos com dois novos clientes e iniciamos negociações com um terceiro, um resultado muito positivo”, analisa. Para Alex, já é grande a expectativa no sentido de que o modelo seja repetido durante a realização da Copa do Mundo FIFA 2014 no Brasil.


“Convidamos os principais distribuidores, importadores e representantes dos homecenters de sete importantes mercados-alvo. As exportações brasileiras ainda não atingiram a casa de US$ 1 bilhão, o que sinaliza um grande potencial para o crescimento de nossa participação nesse mercado, que movimenta anualmente cerca de US$ 200 bilhões”, avalia João Araújo Pinto Neto, gerente do Projeto Brazilian Furniture.


Para ele, um evento esportivo do porte da Copa das Confederações da FIFA gera uma oportunidade especial para a apresentação do valor agregado e dos diferenciais de design e sofisticação presentes nos móveis fabricados no Brasil.


A mesma visão é compartilhada por Geraldo Bastos Osterno Júnior, presidente do Sindicato das Indústrias do Mobiliário do Estado do Ceará (Sindmóveis), que aposta na importância do Brazilian Furniture como instrumento de apoio à internacionalização das companhias do setor e também em uma crescente adesão de fabricantes cearenses de móveis ao Projeto. “Ele tem oferecido a possibilidade de inserção das empresas em melhores condições no mercado mundial”, conclui.
 

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