17/12/2021
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central sinalizou, em ata divulgada na última terça-feira (14), que precisará elevar os juros para patamares ainda mais altos do que o previsto pelo mercado por todo o horizonte de política monetária, que vai até 2023.
Essa é a estratégia, segundo o colegiado, que deverá garantir não apenas a convergência da inflação para a meta, mas também a reancoragem das expectativas de inflação do mercado financeiro em torno dos objetivos do Banco Central.
O colegiado, segundo o documento, avaliou dois grupos de opções em reunião na semana passada. Um deles envolvia subir o juro num ritmo mais forte do que o 1,5 ponto percentual efetivamente decidido, o que provavelmente permitiria operar com juros menores mais adiante.
A segunda opção foi seguir com o ritmo de 1,5 ponto percentual por reunião. Mas isso implica manter, ao longo de 2022 e 2023, juros mais altos do que se o ritmo de aperto fosse mais forte do que 1,5 ponto percentual.
Aparentemente, a escolha dessa estratégia de ir mais devagar, mas manter juros mais altos ao longo do tempo, está ligada ao objetivo de reancorar as expectativas de inflação de longo prazo. Um trabalho que costuma ser penoso e demorado.
*Com informações do Valor Econômico