21/01/2022
Segundo os primeiros dados preliminares do balanço de 2021, levantados pelo IEMI – Inteligência de Mercado junto a fontes oficiais com exclusividade para a ABIMÓVEL – Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário — relembre todos os resultados aqui —, a produção de móveis e colchões no Brasil no ano passado, não só recuperou o volume perdido em 2020, como apresentou crescimento de 2,71% em volume e 9,8% em receita. Enquanto o mercado doméstico continua sendo o principal destino do mobiliário produzido no Brasil, chama a atenção, no entanto, o avanço significativo nas exportações do setor.
Com uma sequência de resultados positivos durante o ano, as projeções para o acumulado das exportações brasileiras de móveis e colchões se confirmaram acima dos 50% em 2021, impactando positivamente todo o mercado, que se beneficia com uma indústria mais competitiva a nível global.
Os resultados foram divulgados hoje (21) pela ABIMÓVEL, por meio da última edição do “Monitoramento Mensal das Exportações de Móveis”, desenvolvido sob encomenda pelo IEMI como parte das ações de inteligência comercial e competitiva do Projeto Setorial Brazilian Furniture, organizado pela ABIMÓVEL em parceria com a ApexBrasil – Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos.
Em volume, o salto foi de 50,2% no montante exportado entre janeiro e dezembro de 2021 sobre 2020. Já em receita, estima-se um total de US$ 898,77 milhões (FOB) em produtos exportados pelo setor moveleiro nacional neste ano.
Com isso, o acumulado entre 2015 e 2021 ultrapassou a linha dos 200%. Ritmo que, segundo as projeções divulgadas pela ABIMÓVEL, deverá se manter nos próximos dois anos, com expectativa de ainda mais 6,05% e 8,65% de crescimento no número de móveis e colchões a serem exportados em 2022 e 2023, respectivamente.
Confirmando, assim, a importância de iniciativas como o Brazilian Furniture, que tem como foco o incremento à competitividade e à internacionalização da indústria e do design brasileiro de móveis no mercado global.
É importante ressaltar, porém, que embora o Brasil seja o sexto maior produtor mundial de móveis, o País ainda ocupa a 28ª posição no ranking dos maiores exportadores do setor. Panorama que é considerado abaixo do seu real potencial, com campo considerável para o aumento da participação de nossas empresas, que vêm investindo em tecnologia e inovação nos parques fabris, bem como na agregação de valor e na diversificação de suas linhas de produto.
Por falar em produtos, aliás, os móveis de madeira são os principais carro-chefes da indústria brasileira no mercado internacional. Na sequência aparecem os estofados, colchões e móveis de metal, respectivamente. Veja a evolução das exportações por categoria no gráfico abaixo:
Já quando o assunto são os principais destinos do mobiliário brasileiro no exterior, os Estados Unidos, maior economia do mundo, são também o principal mercado importador de móveis brasileiros no planeta. Cerca de 35% das exportações nacionais no setor em 2021, tiveram como destino o país norte-americano, numa relação já próxima, mas com ainda muito campo para expandir.
Segundo o estudo “Do Brasil para o Mundo”, outro relatório desenvolvido com exclusividade para os associados do Projeto Brazilian Furniture, as exportações de móveis e colchões brasileiros para os Estados Unidos contam com um potencial adicional de 30,8%, podendo atingir um patamar de US$ 327,8 milhões nos próximos anos.
Dentre os países com maior potencial de aumento das exportações, seguindo a metodologia ITC (International Trade Center), entende-se, ainda, que os atuais mercados-alvos do Brazilian Furniture somem um potencial de novas exportações estimado num adicional de cerca de US$ 866 milhões. Valor que está associado a uma taxa de crescimento esperada de em média 38% nos fluxos de exportações totais para esses países.
Em 2021 destacou-se também o avanço das exportações para o Chile, que ocupa atualmente a segunda posição entre os principais destinos do mobiliário brasileiro no mercado global, com um crescimento acumulado de 164,4% ao longo de todo o ano passado, e apontando ritmo crescente.
O Reino Unido, que vinha apresentando comportamento instável, fechou o ano na quinta colocação, caindo posições, mas demonstrando números promissores no final do segundo semestre de 2021, com avanço de 25,3% no acumulado entre janeiro e dezembro de 2021 em relação a 2020.
Além das Américas e da Europa, o Oriente Médio é outra região com relevante potencial para a indústria de móveis brasileira. As exportações para a Arábia Saudita acumularam aumento de 289,9% no ano; já os Emirados Árabes Unidos, segundo maior destino dos móveis brasileiros na região, registraram um crescimento de 84% ao longo de 2021
Por meio do Brazilian Furniture, aliás, a ABIMÓVEL e a ApexBrasil promovem no próximo mês a Missão Comercial à EXPO DUBAI, com a participação de 27 empresas brasileiras. Mais informações em breve.
Parte das ações de inteligência comercial do Projeto Brazilian Furniture, o “Monitoramento Mensal das Exportações de Móveis” é preparado sob encomenda pela ABIMÓVEL e a ApexBrasil, com base em estimativas elaboradas a partir de dados exclusivos dos painéis de pesquisa do IEMI – Inteligência de Mercado, junto às empresas do setor (produtores e varejistas), bem como com base nos dados e indicadores conjunturais de desempenho produzidos por fontes oficiais de informação (IBGE, SECEX, CAGED, entre outros).
O estudo acompanha o comércio externo do setor em suas quatro principais linhas de produtos — estofados, madeira, metais e colchões —, trazendo resultados gerais e o panorama regional das vendas em mercados-alvos do projeto.
O monitoramento está disponível na íntegra para associados do projeto em brazilianfurniture.org.br/intranet.
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