20/10/2021
Conectadas por meio do Projeto Setorial Brazilian Furniture, de incremento à competitividade e à internacionalização da indústria e do design de móveis brasileiro, a ABIMÓVEL – Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário e a Apex-Brasil – Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos acabam de lançar a edição 2021 do estudo “Do Brasil para o Mundo”.
Desenvolvido pelo IEMI – Inteligência de Mercado, o estudo reúne informações e resultados consolidados do setor no período de 2015 a 2020, com exclusividade para as indústrias associadas ao Projeto Brazilian Furniture, trazendo um panorama da produção doméstica e do comércio exterior com base em dados estatísticos de fontes oficiais e de referência.
As análises e os comentários inseridos conferem ao material propriedades necessárias de uma ferramenta de apoio à gestão e ao planejamento das empresas brasileiras do setor moveleiro interessadas na promoção de suas exportações.
Falando especificamente do consolidado de 2020 na comparação com 2019, dado mais recente, a produção de móveis e colchões no País apresentou retração de cerca de 1,5% em volume. O que, frente aos efeitos negativos da pandemia sobre a produção e o comércio na primeira metade do ano passado, confirma uma retomada significativa da indústria e do varejo do setor no segundo semestre. Em valores nominais, ainda, foi observada uma expansão de 2,2% no último ano, quando verificada a variação em reais (R$), sem descontar a inflação.
Quando analisado o período do estudo como um todo, de 2015 até 2020, porém, a produção apresentou queda mais acentuada, cerca de 6,9%, marcada pela forte crise econômica brasileira ocorrida nos anos de 2015 e 2016. Ainda assim, no período de seis anos foi possível inferir um aumento de aproximadamente 21,2% no valor da produção, também em reais e sem descontar a inflação.
A indústria moveleira está presente em todas as regiões do País, mas com grande concentração no Sul e no Sudeste, com as empresas e os empregos estando distribuídos em 11 polos produtores localizados nestas regiões.
Por meio das análises levantadas a partir do estudo é possível afirmar que apesar dos ciclos econômicos e flutuações macroeconômicas, essas empresas continuam a demonstrar resiliência, mas agora buscando maior eficiência a partir da adoção de processos produtivos mais enxutos para que consigam sobreviver.
É importante apontar, porém, que apesar da adaptabilidade desses negócios, o número de empresas moveleiras no Brasil apresentou uma queda de 2,5% entre 2019 e 2020, e o número do pessoal ocupado também recuou 1,5% no último ano. Em número de unidades produtivas ativas no setor, pode ser verificado que tal retração foi contínua ao longo dos anos, caindo 12,3% entre 2015 e 2020.
No total, considerando-se as cinco regiões do País, o número de empresas ativas na indústria de móveis e colchões nacional em 2020 foi de 18,1 mil empresas. A produção do setor foi de 431,6 milhões de peças, gerando, assim, uma receita bruta de R$ 71,5 bilhões.
Quando falamos no consumo interno, o chamado consumo doméstico aparente, este sofreu uma redução de 2,1% no último ano, quando verificado o número de peças. Enquanto em valores (US$), a variação foi negativa em aproximadamente 22,3% entre 2019 e 2020, em função, sobretudo, da desvalorização do real (R$).
Se considerarmos os valores ofertados ao mercado pelos produtores locais e pelos importadores, excluídas as exportações, chegaremos a um consumo interno de móveis de aproximadamente 424 milhões de peças em 2020. Em valores esse consumo foi de cerca de US$ 13 bilhões, a preços de fábrica/atacado (sem o markup do varejo). Mais uma vez, demonstrando uma reação surpreendente ao relembrarmos o desempenho do setor no terceiro trimestre do ano, devido às restrições físicas e econômicas relacionadas à pandemia de Covid-19.
Do total de peças produzidas, 3,9% são destinadas à exportação. Embora o Brasil seja o sexto maior produtor mundial no setor, o País ocupa, no entanto, a 27ª posição no ranking dos maiores exportadores globais na área, com participação de 0,5% no comércio internacional. Panorama que é considerado abaixo do seu real potencial, com campo considerável para o crescimento da participação dos móveis e colchões brasileiros no mercado global. Questão explorada com afinco no conteúdo do estudo, inclusive pontuando-se caminhos e possibilidades para o incremento da competitividade internacional de nossa indústria e design.
As informações apresentadas neste artigo foram extraídas do estudo “Do Brasil para o Mundo”, desenvolvido pelo IEMI – Inteligência de Mercado para o Projeto Setorial Brazilian Furniture, fruto da parceria entre a Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, sendo tratadas de acordo com os mais rígidos critérios estatísticos, com vista a refletir os movimentos do mercado moveleiro para subsidiar as empresas, entidades e profissionais associados do projeto com informações estratégicas e confiáveis.
Os dados e análises completas e com detalhes-chaves para o planejamento dos negócios e ações no setor, incluindo segmentação por linha de produto e região, bem como a análise de mercados-chaves do Projeto Brazilian Furniture, porém, podem ser encontrados apenas na versão oficial do estudo, disponível exclusivamente para associados do projeto setorial, na área restrita do site: brazilianfurniture.org.br/intranet.
Para informações sobre como se tornar um associado envie e-mail para comercial@abimovel.com.
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Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário – ABIMÓVEL